terça-feira, 1 de maio de 2012

Maio: Mês mariano - Maria, a catequista discípula missionária.

Escrito por Maria do Socorro Santos   
“ Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38)
Ao falar de Maria, a discípula missionária do Pai, há que considerar que missionar e evangelizar para nós significam levar a Boa Nova do Evangelho testemunhando com a vida o que se anuncia. Esta é a tarefa principal dos Catequistas evangelizadores. Este é o mandado que a Igreja, povo de Deus, recebeu do próprio Jesus Cristo ( cf. Mc 16,15; Mt 28,16-20; Jo 20,21).
A discípula missionária, fiel até o fim.
Na Catequese dos escritos joaninos, Maria aparece como a mediadora da fé em Caná da Galileia (Jo 2, 1-12), a Mãe da Comunidade, sob a Cruz, ( cf. Jo 19,25-28) e figura da Igreja e da Nova Criação ( cf. Ap 12).
”Não se pode falar de Igreja sem que esteja presente Maria. Esta verdade é testemunhada pelas nossas Comunidades de fé, para as quais Maria é a realização mais alta do Evangelho, o grande sinal, com rosto materno e misericordioso, da proximidade do PAI e de Cristo, com quem ela nos convida a entrar em comunhão. A Igreja, instruída pelo Espírito Santo, venera Maria como Mãe muito amada, com afeto e piedade filial.” ( CR 230).
A discípula missionária, catequista da comunidade cristã.
Em Atos dos Apóstolos Lucas narra sobre a Comunidade reunida em Oração em torno do Projeto do Ressuscitado, na espera da promessa: o Espírito Santo. No dinamismo orante da Comunidade, encontra-se a pessoa de Maria a mulher discípula, atenta ás necessidades da Igreja nascente. A Mãe de Jesus aparece em atitude de Oração para que se realize a promessa, e venha o Espírito que faz nascer a Igreja e revela o sentido das Palavras de Jesus para a vida das Comunidades. Observe-se que em Lucas no início do Evangelho, Maria se torna a Mãe de Jesus pela obediência á Palavra. Agora, no início dos Atos, ela se torna Mãe da Igreja pela mesma atitude orante diante da Palavra. Ela é a referência para os discípulos e discípulas permanecerem assíduos á Oração e ao Ministério da Palavra (At 6,4). Podemos dizer que três qualidades caracterizam o grupo reunido em Oração: eles estão numa atitude de espera, têm os mesmos sentimentos e perseveram na Oração.
Maria , mãe de Deus e modelo da Igreja!
“Maria é Mãe de Deus, Mãe de Jesus Cristo no seu “SIM” da anunciação. É Mãe da Igreja, porque é Mãe de Cristo, Cabeça do Corpo Místico. Além disso, é nossa Mãe, por ter cooperado com seu Amor no momento em que do coração trespassado de Cristo nascia a família dos redimidos; por isso, é nossa Mãe na ordem da graça.” (CR 231).
“ Maria não vela apenas pela Igreja: tem coração tão grande quanto o mundo, e intercede ante o Senhor da História por todos os povos. Enquanto peregrinamos, Maria será a Mãe e a educadora da Fé.
Maria é modelo de vida Cristã, pois toda a sua existência é uma plena comunhão com o Filho, uma entrega total a Deus em todos os seus caminhos, numa união única que culmina na glória. Acreditou com uma Fé que foi dom, abertura, resposta, fidelidade.” (CR 232).
Ao falar de Maria, podemos falar de todas as mulheres que hoje, na sociedade e na Igreja , constituem a grande força de transformação.
Participando ativamente nos mais diferentes aspectos e dimensões da vida, lutam para conquistar um lugar para si e para seus filhos. As mulheres descobrem esta força na prática, movidas pela experiência de Deus, que lhes infunde coragem e esperança para enfrentar os desafios da vida.
Maria, para as mulheres de hoje, se insere no conjunto das multidões que não aparecem nos jornais, nas revistas, no rádio e na televisão, não fazem barulho, mas são como pérolas que, no fundo do mar da história, constroem a vida, tecida de dor e de alegria.
Maria de Nazaré não apareceu nos “grandes acontecimentos” da sua época, ao contrário, foi evolvida por aquela infinidade de gestos ordinários que constituem a existência da grande massa das mulheres do nosso povo. Ela mesma, diz: “O Senhor olhou para a humilhação de sua serva” (Lc 1,48).
Vamos bendizer a Deus pela MULHER-MÃE que, no embalo da gestação, também gesta a Fé para seus filhos. Nina em seus braços o sonho de um Deus Misericordioso que acompanha e abençoa a vida. Vê pouco a pouco o crescimento dos filhos e, no tecer do dia a dia, testemunha sua fé com seu ser, falar e agir. Com a vida ela expressa a ternura de Deus e a reponsabilidade de vivenciar com a família uma Fé convicta.
Nesse louvor a Deus pela mulher e mãe catequista, reportemos ainda que Maria e todas as catequistas tem em suas vidas esse aspecto do qual destacamos:
Mulher – catequista , que assume sua Vocação, por opção a Jesus Cristo. Assumindo esta Vacação na gratuidade, na generosidade sem buscar seus próprios interesses.
Coloca-se na Escola do Mestre como uma eterna aprendiz, para pouco a pouco alcançar a maturidade na Fé e também na vida.” Falará mais pelo exemplo do que pelas palavras que profere” (CR 146). Alimenta uma profunda Espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo que lhe dá força e coragem para prosseguir com ousadia na Missão de propagar a Boa Notícia.
Mãe e catequista, mulheres que carregam a grande força do Amor. Amor que se traduz na consciência em busca de um novo futuro, marcado por um novo modo de relacionar-se.
Mulheres que, como Maria, querem, na prática, impulsionar o mundo para a mudança e gritar que o Amor é mais forte que a Morte que impera na sociedade.
Concluindo, como Catequistas devemos ser como Maria: ouvintes da Palavra de Deus, orantes e oferentes. Saudemos Maria. Sob o impulso da graça de Deus, ela exerceu um papel especial e único na história da Salvação.
Nossa Senhora Mãe dos Catequistas, rogai por nós!

Um comentário:

  1. Bom dia a todos!
    Pela primeira vez acessei o site de vossa Paróquia N. Sra. do Ó e achei muito belo. Parabéns a todos vocês que contribuem de forma incansável para que o reino Deus aconteça da melhor maneira possível na terra de Santa Cruz.Parabéns de coração.

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